Conforme você pode ler num dos posts abaixo, o projeto Porto Sul pode romper todo o equilíbrio ecológico e social do litoral entre Ilhéus e Itacaré, reconhece isso - e oferece 450 empregos, na sua maioria para gente de fora da região. Na surdina, duas grandes empresas construiram grandes centros de varejo na região de Ilhéus, não destruiram nada, não dividiram a sociedade local - e vão oferecer 650 postos de trabalho, na maioria para a população local.
A empresa asiática Bamin, com a cumplicidade das três esferas de governo, está querendo convencer a todos que só o complexo Porto Sul pode salvar a região da falência econômica. E isso representa uma profunda humilhação aos habitantes de um dos mais belos e ricos trechos do litoral brasileiro. Ao dizer que não existe futuro possível sem o Porto Sul, o que se quer dizer é que o povo de Ilhéus e redondezas não tem capacidade para explorar melhor o imenso potencial turístico da área. Que não consegue fazer dinheiro por suas próprias capacidades e que precisa da tutela de indianos e cazaquistaneses para seguir em frente.
Não se vê qualquer apoio espontâneo a esse projeto, que pretende destruir um dos mais preciosos pedaços da já devastada Mata Atlântica. Mas organizações e associações ligadas à prefeitura e aos governos estadual e federal se rendem para que a China tenha garantido seu canal de importação de minério de ferro barato. Entre as organizações que levantaram os dois braços para esse projeto predatório e entreguista estão o Sindicato das Mineradoras (regional), o Sindicato dos Hotéis (regional), e a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
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