Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





sexta-feira, 11 de junho de 2010

650 empregos sem tumulto

O projeto Porto Sul transformou-se em assunto nacional, está corroendo a reputação de governantes, ameaça com a destruição de um patrimônio ambiental no litoral sul da Bahia. E oferece 450 empregos fixos. Agora leia essa notícia:

"Construída no quilômetro 24 da rodovia Ilhéus/Itabuna, nas proximidades do bairro Salobrinho, a a nova loja do Atacadão Carrefour, empreendimento que vai incrementar a economia do município e promover a geração de novos empregos diretos, continua em ritmo acelerado. Com investimentos de 35 milhões de reais, a unidade está sendo edificada numa área total de 40 mil metros quadrados, sendo 16 mil metros quadrados de área construída. Em Ilhéus, o Atacadão vai oferecer cerca de 400 vagas. Também já se encontra em pleno funcionamento o canteiro de obras da Makro Atacadista, multinacional que está construindo sua 75ª loja no quilômetro 24 da BR 415. A escolha de Ilhéus para um novo investimento, segundo o diretor de expansão do grupo, José Leon, foi estratégica. Pesquisa encomendada pelo grupo aponta Ilhéus como a 90ª colocada no ranking das 300 cidades mais dinâmicas do Brasil. Ao todo, a nova unidade da Makro receberá investimentos de 20 milhões de reais, gerando, posteriormente, 250 empregos diretos". 
Fonte: Prefeitura de Ilhéus

Ou seja: no silêncio, sem provocar tumulto, devastação ou fratura social, duas empresas estão gerando mais empregos dos que os oferecidos pela Bahia Mineração e seu aliados no governo.

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