O candidato do PSOL ao governo da Bahia, Marcos Mendes, criticou duramente nesta terça-feira (8) o projeto de construção do Porto Sul, na região de Ilhéus (a 467 km de Salvador), obra sob o comando do governador Jaques Wagner (PT). As declarações foram feitas durante entrevista ao apresentador Raimundo Varela, no programa Balanço Geral (TV Itapoan). “O governo Wagner não mudou nada. Continua da mesma forma. Só vou dar um exemplo. Lá no Porto Sul, na questão ambiental, estão tentando desmatar 1.800 hectares de mata nativa, atlântica. Ali tem a maior biodiversidade por metro quadrado do planeta. Querem desmatar toda esta biodiversidade, que tem toda esta riqueza, para colocar minério”, acusa Marcos Mendes. Para o candidato do PSOL, os órgãos responsáveis por cuidar do meio ambiente são condescendentes com o governo e com as grandes empresas. Ele afirmou que o ex-titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Juliano Matos, foi uma “peça decorativa”, na condução do órgão. O atual secretário da Sema, Eugênio Spengler, também foi alvo das críticas. De acordo com Marcos Mendes, Eugênio já deu consultoria para a empresa Bahia Mineração (Bamin), responsável pelas obras no Porto Sul. Apesar do nome, ele ressalta, a Bamin é controlada majoritariamente por capital da Índia e do Cazaquistão. “No início, disseram que (a obra do Porto Sul) ia gerar 20 mil empregos. Depois foi diminuindo e agora já sabemos que serão apenas 160 novos empregos”, argumentou o candidato socialista à reportagem do Teia de Notícias.
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