Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





sexta-feira, 23 de abril de 2010

Por que "Avatar na Bahia"?

A essa altura não é preciso contar para (quase) ninguém o enredo do filme Avatar, escrito e dirigido pelo canadense James Cameron. O filme fala de um planeta orgânico chamado Pandora, habitado por selvagens que vivem em profunda harmonia com a natureza. Mas a árvore vital desse povo guarda reservas de um mineral cobiçado pelos terráqueos. Uma força militar a serviço de uma empresa exploradora vai até Pandora, ataca seus habitantes e derruba a gigantesca árvore. Os nativos dão o troco.

Avatar se passa no futuro, mas fala de uma maneira ultrapassada de se tratar a natureza, com cobiça, brutalidade e desrespeito. É o que está para acontecer com o projeto Porto Sul - a invasão brutal de um santuário ecológico (a área da Lagoa Encantada e da Ponta da Tulha, ao norte de Ilhéus) por um complexo industrial pesadíssimo. Isso tudo para que uma única empresa asiática possa exportar minério de ferro barato para a China.

Nossa mensagem: que o minério de ferro da Bamin seja exportado. Mas por outro caminho muito mais lógico, o porto de Aratu, em Salvador. A devastação da Mata Atlântica já foi tão extensa que sobraram poucos pontos isolados de preservação. A Lagoa Encantada e a Ponta da Tulha formam um desses raros pontos preservados. É a "Pandora" do Sul da Bahia.

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