Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





quinta-feira, 20 de maio de 2010

O império contra-ataca

Depois de um período de silêncio, as forças que querem transformar o litoral sul da Bahia na nova Cubatão voltaram a se manifestar. Elas reuniram "membros da sociedade civil" para assinar um manifesto a  favor da implantação do complexo intermodal Porto Sul. O panfleto a favor do projeto é assinado por uma certa "Associação dos Moradores da Ponta da Tulha" e pelas centrais sindicais (CUT, CGT, Força Sindical, UGT), todas elas obedientes às ordens do governo federal - um dos autores do crime sócio-ambiental que se pretende cometer. 
Além do panfleto, foi realizada em Ilhéus uma reunião com a presença de "diversos sindicatos, cooperativas, entidades indígenas e associações de moradores".  Dinheiro e recursos, é claro, não faltam nessas movimentações "espontâneas". E o que eles propõem seria patético se não fosse trágico: "nós vamos destruir a Ponta da Tulha, ameaçar a Lagoa Encantada e degenerar todo o equilíbrio ecológico do litoral da Bahia, sempre respeitando o meio ambiente".
É como se Darth Vader (o simpático senhor retratado aí em cima) dissesse: "nós vamos destruir o sistema solar, sempre respeitando os planetas que giram ao redor do Sol".   

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