Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





terça-feira, 4 de maio de 2010

Eficiência suspeita

O site governista Jornal Bahia Online está divulgando fartamente os esforços do governo da Bahia para transformar a instalação do Porto Sul em um acontecimento inevitável antes das próximas eleições. A "reportagem" apenas repete a argumentação repetida à exaustão pelas poderosas forças que ameaçam a Área de Proteção Ambiental Lagoa Encantada. Nem uma palavra é dita em defesa do meio-ambiente. A destruição da Ponta da Tulha é tratada como fato consumado. O "rolo compressor" oficial coloca prazos curtíssimos para a implantação do complexo exportador: 60 dias para a aprovação ambiental do projeto e 24 meses para a "conclusão das obras". O que inclui uma ferrovia de 6 bilhões de dólares.


O mesmo governo que congelou o projeto do Trem de Alta Velocidade entre Campinas e São Paulo, que não consegue cumprir qualquer prazo acertado para a Copa de 2014 e não consegue reformar aeroportos operando no limite, agora promete eficiencia total na implantação do projeto Porto Sul. É essa então a prioridade nacional? Facilitar a vida de uma empresa indo-cazaquistanesa destruindo pelo caminho um santuário de preservação ecológica? 
Leia a "reportagem" do Bahia Online aqui

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