Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





terça-feira, 11 de maio de 2010

Bamin: o mito dos empregos

O principal - talvez único - argumento que a Bahia Mineração usa para convencer a população de Ilhéus a aceitar o Porto Sul é a criação de empregos. Já existe morador da Lagoa Encantada iludido com a promessa de "milhões" de postos de trabalho. A realidade foi desmascarada pelo professor Antonio Eduardo Citron, e usando dados da própria BAMIN:

"Tem-se falado que o Porto da Bamin ( Eurasian- Cazaquistão e Zamin- India) vai gerar 2000 empregos.Mas os documentos que tem a declaração dela, é na verdade, em média,  cerca de  918 empregos diretos  e mais 223 indiretos, durante os 28 meses. Em um unico trimestre os empregos chegam a 1450 diretos e 350 indiretos.Durante 7 trimestres os empregos variam de 550 a 1275 diretos e de 125 a 325 indiretos. Durante dois trimestres os empregos vão de 200 a 250 diretos e 50 indiretos. Os documentos da Bamin não mostram que serão dois mil empregos, mas sim 918 e 223 empregos, em média, durante os 28 meses previstos para a contrução. Se for considerado que cerca de 60% dos empregos serão priorizados para contratação na região, Ilheus e região poderão ter disponiveis em média 550 empregos diretos pela BAMIN". 

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