Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





quarta-feira, 5 de maio de 2010

Agência Envolverde: Porto e ferrovia ameaçam o Sul da Bahia


Por Alice Marcondes

Mais uma grande obra de infraestrutura, formada por uma ferrovia que vai ligar o interior da Bahia à região de Ilhéus e um porto para escoar minério de ferro, coloca novamente em lados opostos ambientalistas e o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) do governo Lula. Desta vez o beneficiário da obra é a mineradora Bamin (Bahia Mineração), e os principais afetados são animais e plantas de uma área de 1780 hectares de reserva de Mata Atlântica que será devastada para implantação do projeto. Apesar da promessa do governo de zerar o desmatamento da Mata Atlântica em 2010, esta obra já teve seu edital de licitação lançado em 26 de março.  O projeto Porto Sul prevê um complexo intermodal, do qual fazem parte um porto de minérios em alto-mar e o traçado final da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (que liga Tocantins à Bahia), ao norte de Ilhéus, no sul da Bahia, sendo a ferrovia parte do PAC do Governo Federal. Ambientalistas alertam que o empreendimento causará diversos impactos negativos para o turismo e pesca locais, como a perda de biodiversidade terrestre e marinha, alteração da rota migratória da baleias e a alteração dos estoques pesqueiros, além da destruição de recifes de corais.

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