Leandra Gonçalves é a coordenadora da Campanha de Oceanos da Greenpeace Brasil. Ultimamente ela tem se dedicado bastante ao caso do Porto Sul - que poderá desequilibrar para sempre o frágil equilíbrio ecológico da costa sul da Bahia.
Quais as conseqüências da instalação do Porto Sul para a costa sul da Bahia?
As consequências que virão junto com a construção do Porto Sul são imensas e a maioria delas irreversíveis. Do ponto de vista social, teremos favelização, prostituição e uma construção urbana totalmente desordenada a fim de construir moradias, onde não se tem espaço, para toda a mão de obra que virá para ajudar na implementação e construção desse grande complexo portuário.Mas, do ponto de vista ambiental, será devastador. Um grande impacto em cima da área de recifes de corais, onde se pretende construir uma ponte e um quebra-mar.
Qual a ação da Greenpeace nesse projeto?
O Greenpeace vem acompanhando todos os passos que o governo, empreiteiras e empresas interessadas têm tomado em relação à construção do complexo Porto Sul. Participamos da audiência pública nos manifestando contrários à obra. Como foi a pressão que você sofreu naquela audiência?
Foi triste ver na audiência uma população mobilizada a favor do Porto. Mas, mais triste ainda for perceber que essa população mal sabia os impactos que a obra ia trazer e que estavam ali cativados pela promessa de um maior desenvolvimento para a região. Atraídos e iludidos por promesses de geração de emprego e renda, mas que na verdade não correspondem à realidade.
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