Porto Sul?

Não temos nada contra um polo exportador de minério de ferro no litoral da Bahia. O que não se pode admitir em pleno século 21 é que para beneficiar uma única empresa asiática (a Bamin) esse complexo destrua um dos mais preciosos patrimônios ecológicos brasileiros, a Área de Proteção Ambiental da Lagoa Encantada. E nem que rompa o equilíbrio social e econômico de toda a região para que os chineses tenham minério de ferro mais barato.





quinta-feira, 1 de julho de 2010

Vale a pena ler de novo: entrevista com Didier Lantiat

Didier Lantiat é um engenheiro francês especializado em indústria siderúrgica. Esta entrevista foi realizada pelo Ação Ilhéus em abril de 2009, e está mais atual que nunca. Leia aqui alguns trechos:


Ação Ilhéus – A siderurgia gera muitos empregos?
Didier - Sim, mas por um período que pode ser muito curto, e que não compensa em comparação aos efeitos nocivos trazidos: carvão, minério de ferro, poluição, destruição, barulho, calor.
Ação Ilhéus – Se for desfavorável para os investidores, acabam os empregos ...
Didier - Acabam os empregos e ficam a destruição ambiental e os impactos sanitários e sociais gritantes para os moradores. Isso significa desemprego em massa e consequente aumento da criminalidade, além da região arruinada por séculos. (...) Tem a manutenção para extrair o minério dos vagões e guardá-lo em pilas; a manutenção para colocar o minério sob a esteira de transporte; a manutenção do minério para encher o navio.  Além da poluição atmosférica, tem a poluição sonora. O barulho das máquinas e dos transportadores até o píer vai ter um impacto enorme sobre a fauna local. Rapidamente, será um inferno para quem more nas imediações.
 

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