Todo o projeto Porto Sul tem um único objetivo: entregar minério de ferro barato para a China através da empresa asiática Bamin. Poderia ser um empreendimento comercial como qualquer outro. Se a China fosse um país como qualquer outro. Mas não é. O site Porto Gente entrevistou o economista Humberto Dalsasso, especialista em economia chinesa. Ele não fala especificamente sobre a Bahia nem sobre o Porto Sul. Mas deixa clara sua opinião sobre os métodos chineses de exploração:
Um estaleiro pode abrir caminho para um porto de exportação de minérios Texto publicado em 02 de Julho de 2010 - |
Vera Gasparetto de Florianópolis/SC |
PortoGente conversou com o economista Humberto Dalsasso, que atua como consultor empresarial e é colunista do site do Conselho Federal de Economia e um estudioso da economia chinesa. Na sua análise, a China tem alta demanda por matéria-prima e o Brasil é um local para buscar energia, infraestrutura e terra. O que aparenta ser um simples estaleiro pode abrir as portas para adicionar empreendimentos como um porto para exportar minérios para a China. Leia a entrevista e veja o que isso tem a ver com o projeto de instalação do estaleiro da OSX, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina. PortoGente – Como iniciou seu interesse em estudar a economia chinesa? Dalsasso - Em 1966, no curso de economia fiz um trabalho que cheguei à conclusão de que a China dominaria o mundo, o que se confirmou a partir de 2000. Desde 2004 escrevo artigos alertando, mostrando, porque vejo que não se pode negociar com a China com ingenuidade. PortoGente - O que os negócios da China têm a ver com a instalação do estaleiro da OSX em Biguaçu? Dalsasso - Minério. Minério para levar. A China está interessada em minério, infraestrutura e terra. Compraram no Nordeste 10 mil hectares para plantar soja e levar para lá. Aqui querem minério. |
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